O que é Tesouro Direto e como ele funciona?

RENDA FIXA

O que é Tesouro Direto e como ele funciona?

Ao investir no Tesouro Direto, você está emprestando dinheiro ao governo federal

por

Joabe Barbosa

07 de janeiro de 2025

2 min

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que permite que investidores individuais adquiram títulos públicos diretamente pela internet. Lançado em 2002, esse sistema democratizou o acesso a uma das formas mais seguras de investimento no Brasil, permitindo aplicações a partir de valores baixos.

Como Funciona o Tesouro Direto?

Ao investir no Tesouro Direto, você está emprestando dinheiro ao governo federal, que usa esses recursos para financiar dívidas públicas e projetos do país. Em troca, o governo se compromete a pagar o valor emprestado acrescido de juros ou corrigido por algum índice, como o IPCA (inflação oficial).

Os títulos disponíveis são variados e atendem a diferentes perfis de investidores:

Tesouro Selic: Rentabilidade atrelada à taxa Selic, ideal para objetivos de curto prazo e reserva de emergência;
Tesouro IPCA+: Rentabilidade composta por uma taxa fixa mais a variação do índice de inflação (IPCA), protegendo o poder de compra;
Tesouro Prefixado: Rentabilidade fixa acordada no momento da compra, adequado para quem deseja previsão de ganhos.

Os investidores podem escolher títulos com vencimentos variados, de curto a longo prazo, alinhando-os aos seus objetivos financeiros.

O Que é Marcação à Mercado?

A marcação à mercado é o processo de ajuste no valor dos títulos do Tesouro Direto com base nas condições atuais do mercado financeiro. Isso significa que o preço do título pode variar ao longo do tempo, mesmo que a rentabilidade acordada no momento da compra permaneça a mesma.

Essas variações ocorrem principalmente devido a:

Mudanças na taxa de juros: Quando as taxas de juros sobem, o preço dos títulos tende a cair; quando as taxas caem, os preços dos títulos sobem.
Expectativas do mercado: Alterações nas projeções econômicas também impactam os valores dos títulos.

A marcação à mercado afeta diretamente o preço de venda dos títulos antes do vencimento. Isso significa que, caso você precise resgatar o investimento antes do prazo acordado, poderá enfrentar perdas ou obter ganhos superiores à rentabilidade inicial.

Riscos da Marcação à Mercado

Apesar de os títulos do Tesouro Direto serem considerados de baixo risco, a marcação à mercado introduz um elemento de volatilidade no curto prazo. Os principais riscos incluem:

Oscilações de Preço: Se você precisar vender o título antes do vencimento, o valor pode ser menor que o investido devido a quedas no preço causadas por altas nas taxas de juros.
Falta de Planejamento: Para evitar perdas, é importante alinhar o prazo do título aos seus objetivos financeiros. Resgates antecipados podem expor o investidor à volatilidade do mercado.
Rendimento Inferior: Embora os ganhos estejam garantidos no vencimento, o retorno pode ser inferior à expectativa inicial caso o investidor venda antes do prazo.

Como Minimizar os Riscos?

Investir com Foco no Vencimento: Para evitar os impactos da marcação à mercado, mantenha o título até o vencimento.
Escolher Títulos Compatíveis com o Objetivo: Use o Tesouro Selic para curto prazo e emergências, e o Tesouro IPCA+ ou Prefixado para metas de médio e longo prazo.
Diversificar a Carteira: Combine diferentes tipos de títulos para equilibrar rentabilidade e liquidez.

O Tesouro Direto é uma ferramenta poderosa para investidores de todos os perfis, oferecendo segurança e retorno previsível. No entanto, entender o funcionamento da marcação à mercado é essencial para evitar surpresas e maximizar os resultados. Com planejamento e conhecimento, você pode utilizar o Tesouro Direto para alcançar seus objetivos financeiros com tranquilidade.